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ZâmbiaO que dizem os guias
e o que diz o AFREAKA
Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

Chegou a vez da Zâmbia de passar pelo filtro Afreaka de turismo. Antes de começar a viagem, baseado nos guias e sites sobre o continente, o Afreaka fez uma introdução de todos os países inclusos no roteiro do projeto. Introdução, turismo tradicional, turismo alternativo, curiosidades e culinária: abordamos um pouquinho de cada tema. Cada vez que passamos por um país, escrevemos uma nova versão para cada um desses quesitos, confrontando a versão anterior, discutindo o que encontramos e o que não vimos nem se quer de longe. Hoje é hora de debater mitos e verdades sobre a Zâmbia:

 
INTRODUÇÃO:
O que dizem os guias: Três vezes maior do que o estado de São Paulo, a Zâmbia tem uma população de 11,5 milhões de habitantes, o que faz dela um dos países com menor densidade demográfica do mundo e ao mesmo tempo com maior diversidade: essas ‘poucas’ pessoas são divididas em mais de 70 diferentes etnias. Cada uma com sua própria língua, dança e música – fortíssima tradição no país. Com a maioria do território coberto por savanas, a fauna de grande porte também não falta por lá. Arte em tecido, joias de malaquita, esculturas em madeira e em pedra sabão são só algumas das especialidades artísticas locais, com destaque para os pintores Pintor Henry Tayali e Agnes Yombwe e o músico Larry Maluma.

 

 

O que diz o AFREAKA: Entre tudo o que encontramos no guia, a mais verdadeira das afirmações é qualidade dos pintores do país, cada um criando a sua própria e marcante arte. Em diferentes cidades, escondem-se pintores em seus estúdios inventando e reinventando estilos e constituindo o coração da arte contemporânea zambiana. Pinturas em tecidos como o chitangue também brilham aos olhos estrangeiros e não faltam mequetrefes para levar de lembrança para casa: bolsas, saias, panos etc. A diversidade étnica na Zâmbia é grande, mas as pessoas de diferentes grupos se misturam facilmente e se casam entre si. O culturalista Antonio Katakwe, por exemplo, explica que das 70 etnias seria possível formar oito grandes grupos com línguas e costumes similares. 

 

 

Turismo Tradicional
O que dizem os guias: Assim como no Zimbábue, as Cataratas de Vitória, ou Victoria Falls, também se caracterizam como principal destino turístico. Separando os dois países, as cataratas podem ser visitadas de um ou de outro lado, a gosto e opção do turista. Para outros destinos, a Zâmbia pode ser uma boa opção para quem não gosta de disputar espaço com demais visitantes. Por causa do acesso um pouco mais trabalhoso, os 19 parques e reservas nacionais gozam de uma tranquilidade maior do que os safáris nos países vizinhos. Os indicados são os Parques Nacionais Luanga do Sul e o Lower Zambezi.

 

 

O que diz o AFREAKA: Sem dúvidas, a cidade de Livingstone, que abriga as Cataratas de Vitória Falls, se caracteriza como principal destino dos turistas no país. Mas as cachoeiras não são o único motivo da visita. De lá saem passeios para três ou quatro parques nacionais, inúmeras aventuras esportivas e voos panorâmicos. A cidade conta com uma forte infraestrutura turística: não faltam restaurantes, bares, festas e albergues badalados. Os parques nacionais também chamam a atenção dos viajantes e Luanga do Sul e Lower Zambezi são realmente os mais visitados.

 

 

Turismo Alternativo
O que dizem os guias: As opções não são poucas: conhecer na província ocidental o trabalho artístico feito em bambu, raízes, ervas, folhas de palmeira e sisa pelo povo Lozi e Mbunda, conhecer e dançar ao ritmo da tradicional música de Kwela, admirar uma apresentação de makishi, dança tradicional mais popular do país, conhecer os museus de arte contemporânea das cidades de Lusaka e Livingstone ou então guinar para o turismo sustentável, na vila Mukuni ou no centro comunitário Tikondane, na cidade de Katete. Ambas são iniciativas sociais gerenciadas pela população local e com reversão de lucros para a comunidade.

 

 

O que diz o AFREAKA: Ir para o oeste ou para o norte do país é por si só uma espécie de turismo alternativo. As regiões são raramente frequentadas por viajantes e, por isso, quase tudo o que fizer por lá, pode ser considerada uma aventura. Você será um dos primeiros. Acostume-se a ser chamado de “Muzungu” e a ter crianças, e algumas vezes adultos, apontando para você. Muzungu é como eles chamam a pessoa de pele branca ou aquela com cara de turista. Uma variação divertida do brasileiro “gringo”. Vale a pena conhecer a Vila Mukuni e o centro comunitário Tikondane, duas renomadas iniciativas do país, que revertem o lucro do turismo sustentável para as comunidades locais. 

 

 

Curiosidade
O que dizem os guias: Se te oferecerem comida, não negue. Ou melhor, se for convidado, já pode ir pedindo antes mesmo de ser perguntarem se você quer. Na Zâmbia é indelicado que o anfitrião tenha que oferecer primeiro. Outra curiosidade é a saudação. Uma conversa jamais é iniciada sem um cumprimento, nem mesmo na hora da pressa. Ainda, quem tiver sorte, vai receber presentes. É comum que visitantes sejam presenteados como um sinal de honra e amizade.

 

 

O que diz o AFREAKA: Quem escreveu sobre receber presentes, realmente deve ter tido muita sorte. Não conhecemos e nem ouvimos falar de turistas que receberam presentes ao viajar pela Zâmbia. Talvez, quem sabe, aconteça com aqueles convidados para visitar o país. E sim, é ofensa negar comida, mas no mesmo nível de cidades do interior do Brasil. Também não ouvimos falar nada sobre a parte de sair pedindo antes de ser oferecido. Sobre cumprimentar antes de conversar é uma regra que vale para todos os países pelo qual passamos. Antes de qualquer pergunta, serve um “olá, tudo bem com vai”, mais duas frases e um sorriso. Uma mania que pega e faz bem.

 

 

O que provar?
O que dizem os guias: Nsima é queridinho nacional. Trata-se de uma espécie de panqueca de milho, comida com carne ou com vegetais. É prato do dia a dia e é prato de restaurante chique. Não importa onde, a Nsima vai estar presente. E um detalhe importante: é comida com a mão. Outra refeição interessante é a kapenta com chibwabwa, ou seja, peixe frito com folhas de abóbora. Como bebida, a opção é o kachasu, um típico destilado de milho.

 

 

O que diz o AFREAKA: Ufa! Até que enfim acertamos em uma parte. Sobre o que provar quase tudo está certo, exceto algo muito importante. Nshima, que se escreve com h, não é uma panqueca de milho, mas um purê um pouco mais consistente de farinha de milho. É o famoso pap, ugali, sadza dos países vizinhos. A comida número um do sul do continente. A carne de taturana também vale a pena, com gosto parecido com o camarão, é sucesso entre locais e turistas. Não deixe de experimentar todas as frutinhas vendidas pelas ruas! Todas têm um sabor único e fácil de apaixonar.

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