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TanzâniaO que dizem os guias
e o que diz o AFREAKA
Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

Antes de começar a viagem, baseado nos guias e sites sobre o continente, o Afreaka fez um texto descrevendo brevemente todos os países inclusos no roteiro do projeto. Na primeira versão, contamos o que lemos e pesquisamos e agora, toda vez que passamos por um dos países, escrevemos uma nova versão, confrontando a anterior, suas verdades e seus mitos. São cinco quesitos: Introdução, turismo tradicional, turismo alternativo, curiosidades e culinária. Hoje é a vez da Tanzânia, vamos lá?

 

 

INTRODUÇÃO:
O que dizem os guias: Palco da cultura suaíli, a Tanzânia preserva quase intacta uma tradição de séculos. Seu nome vem da junção de Tanganica e Zanzibar, os dois estados que formaram o país em 1964. É também lar de alguns dos mais antigos assentamentos humanos. Destino mundialmente reconhecido com seus parques de paisagens únicas e com, nada menos, que a montanha mais alta do continente, o Kilimanjaro. Nos últimos anos a oferta de turismo sustentável vem crescendo e as comunidades locais estão cada vez mais envolvidas diretamente na preservação do meio ambiente.

 

 

O que diz o AFREAKA: “Jambo!” quer dizer olá e é a primeira coisa que você tem que aprender se for viajar para a Tanzânia, onde a língua predominante é o suaíli e o inglês é pouco difuso, o que é ótimo para o turista que acaba se aproximando mais da cultura local. Em uma semana por lá, impossível não aprender pelo menos 10 palavras suaíli – que os tanzanianos fazem questão de ensinar. O turismo sustentável, no entanto, não é o principal foco no país, apesar de ser entre os lugares que o Afreaka visitou, aquele com mais iniciativas locais (agências de turismo do país ao invés de estrangeiras). E, de modo geral, existe um cuidado com o meio ambiente, cuidado que inclusive está incluso nas altas taxas de preservação cobradas para entrar nos parques nacionais. 

 

 

Turismo Tradicional
O que dizem os guias: O Parque Nacional Serengeti é o mais famoso do país e talvez do continente. Ali, dizem ser impossível fazer um passeio e não encontrar ao menos meia dúzia de grandes mamíferos, entre eles, o exclusivo gnu. O segundo hotpoint é sem dúvida o monte Kilimanjaro, que por ano recebe milhares de aventureiros tentando alcançar o seu topo de 5895 metros de altura. Outra parada, um pouco menos frequentada, mas imprescindível é o arquipélago de Zanzibar, com suas praias virgens e cultura exuberante.

 

 

O que diz o AFREAKA: Certo, certo e meio-certo. Serengeti, Kilimanjaro e Zanzibar são os principais destinos turísticos do país. A única coisa errada é dizer que Zanzibar é menos frequentada: a ilha é um polo de atração turística e gente do mundo todo vem em busca de suas praias paradisíacas, além de aproveitar para conhecer a cidade tombada Stone Town, que esbanja beleza na arquitetura. Em termos de paisagens de tirar o fôlego, a Tanzânia deixa muitos destinos para trás: em um mês (ou menos) o país consegue oferecer cenários inspiradores e completamente diferentes um do outro: savanas do Serengeti, as neves do Kilimanjaro e as praias exuberantes de Zanzibar são apenas algumas delas.

 

 

Turismo Alternativo
O que dizem os guias: A Tanzânia é um país onde turismo tradicional e alternativo parecem se misturar. Os destinos mais conhecidos também oferecem opções únicas e nada habituais como, por exemplo, o tratamento de beleza tradicional de Mrembo, que pode ser encontrado em Zanzibar; ou então ainda na mesma ilha, um passeio pela Cidade de Pedra com sua arquitetura que incorpora traços da cultura swahili, árabe, persa e indiana. Ainda, conhecer em Dar es Salaam os representantes da escola de pintura Tingatinga, uma das mais importantes do continente. Por fim, uma visita ao lago Tanganyika pode ser uma boa opção, com suas remotas aldeias de pescadores e chimpanzés espalhados pela região.

 

 

O que diz o AFREAKA: Passar alguns dias em Stone Town é uma saída alternativa. A cidade tombada é um ótimo destino para conhecer o mundo suaíli mais de perto: culturalmente e gastronomicamente.  Dá até para fazer algumas aulinhas do idioma! Dar es Salaam é outra opção. Muitos turistas acabam usando a cidade apenas como passagem, mas em Dar não faltam opções para aproveitar as férias: museus, restaurantes, exposições, festas e eventos – e você ainda pode ter a divertida chance de circular de bajaj (triciclos motorizados que servem como táxi). A pintura Tingatinga acabou virando mais algo turístico do que alternativo: podem ser encontradas em todas as lojas e pontos onde exista um turista – o que não anula a qualidade e diversidade da pintura, que continua chamando atenção aos olhos. 

 

 

Curiosidade
O que dizem os guias: O dia na cultura Suaíli começa com o nascer do sol, às 6h, e não durante a noite. O que não é nada ilógico. Assim sendo, se dizemos que são 2h da manhã na Tanzânia significaria que seriam 8h da manhã no nosso padrão. O jeito é fazer as contas e sempre subtrair 6 horas do horário que você está acostumado. Outro detalhe importante é a saudação e os adjetivos que veem com ela. Para começar: ‘shikamoo’, utilizado dos mais novos para os mais velhos, que significa literalmente, ‘Estou aos seus pés’. E depois, seguem os adjetivos como dada (irmã), mama (para mulheres mais velhas), kaka (irmão) endugu (parente ou amigo). E atenção, diferentemente do resto do mundo, hoteli ou hotel são lugares para comer e beber e não tem nada a ver com hospedagem, que no caso seria, pa kulala.

 

 

O que diz o AFREAKA: Para começar, essa história de tempo suaíli não é nada popular – perguntamos pelas ruas e para estudiosos e ninguém sabia disso. Talvez seja algo específico de alguma região, que o autor do guia andou generalizando. O mesmo vale para as saudações e para o hoteli: a grande maioria das pessoas começa uma conversa com os clássicos “oi, tudo bem?”, “como vai?” e por aí em diante. E o termo hotel para designar hospedagem é mais do que difundido. Se você for um turista e pedir por um ‘hoteli’ é muito provável que te levem para um lugar para dormir e não para comer. Entre as curiosidades do país, o destaque é para o sistema M-pesa, em que é possível transferir dinheiro e crédito pelo celular. O método começou para amparar quem não tinha dinheiro e documentos para abrir conta em banco, mas acabou virando uma febre nacional utilizado por boa parte de sua população.

 

 

O que provar?
O que dizem os guias: Ugali é o básico. Trata-se de uma polenta feita com farinha de milho, acompanhada de carne e guisados. Tudo comido com a mão. Outra pedida pode ser o mishikaki, tradicional kebab marinado. Nas mamas lish, barracas informais com comidas preparadas pelas mamas (mulheres mais velhas), é possível encontrar cozidos de carne bovina ou preparados de legumes. Para acompanhar, uma opção é o açucarado chai maziwa (chai com leite), bebida local favorita. Ou então as cervejas Safari e Kilimanjaro, que diferentemente do Brasil e do Zimbábue, parece ser difícil achar uma gelada.

 

 

O que diz o AFREAKA: Ugali é o mesmo purê de farinha de milho popular nos países vizinhos, mas não é o prato principal. Competindo com o Ugali, em primeiro lugar você encontra a chapati, espécie de pão indo-português, que ganhou a própria forma na Tanzânia. A banana verde cozida é também bem popular no país, especialmente no sul. E na região costeira, a base predileta é sem dúvida o arroz, preparado de diversas maneiras com os infinitos temperos produzidos na região. O arroz pilau preparado com açafrão é o mais popular. O chai é o café do tanzaniano: sendo mais comum no período da manhã e no começo da tarde. O leite no chá é opcional e não faz parte da bebida.

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