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NamíbiaO que dizem os guias
e o que diz o AFREAKA

Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

Na Seção Especial Mapa é possível encontrar duas breves introduções turísticas de cada país. A primeira, que é um compilado do que encontramos de mais interessante nos guias, já está completa no ar com informações de todos os países que vamos passar e pode ser acessada no link MAPA do menu principal: www.afreaka.com.br/mapa. A segunda é a versão do AFREAKA, que está sendo feita ao longo da viagem. A ideia é fazer um paralelo, confrontando versões, confirmando alguns dados e desvendando outros. O texto da África do Sul já está online e hoje o duelo de dados é com a Namíbia. Saiba mais:

 

 

INTRODUÇÃO:
O que dizem os guias: O que dizem os guias: ‘Planalto vasto e seco’ é o significado do nome Namíbia em Nama, uma das 15 línguas faladas no país. O nome faz jus aos 181 mil km² de deserto que ali se estendem, cobrindo 22% do território nacional, uma das razões para fazer da Namíbia o país com menor densidade populacional do mundo. Com aproximadamente o tamanho do estado do Mato Grosso, foi um dos primeiros países a incorporar em sua legislação códigos para preservação ambiental, tendo hoje quase 15% de sua superfície sob regime de proteção.

 

 

O que diz o AFREAKA: O segredo da Namíbia para conservação ambiental foi engajar a população na causa. Com o plano de Unidades de Conservação, o país conseguiu envolver 80 comunidades rurais na proteção de 12 milhões de hectares. Plano, que além de tudo, gera renda para a sociedade. A baixa densidade do país pode ser notada ao percorrer suas estradas. Fora a estrada que liga a capital e Swakopmund, que chega ser levemente movimentada, é possível percorrer horas e horas e cruzar com menos de uma dezena de carros. Sendo muitas das vias de terra, cheque o estepe antes de qualquer partida.

 

 

TURISMO TRADICIONAL
O que dizem os guias: Um dos pontos turísticos mais tradicionais da Namíbia é o Parque Namib-Naukluft, cartão postal do país e do continente, é considerado o deserto mais antigo do planeta e abriga animais que não são encontrados em nenhum outro ecossistema. Uma paisagem que contempla intermináveis dunas, algumas com a mesma altura de um prédio de 30 andares. Outra parada recomendada em todos os guias de turismo na África é o Parque Nacional de Etosha, um dos maiores santuários de animais do continente, casa de muitos pelicanos, flamingos, leões, zebras e búfalos.

 

 

O que diz o AFREAKA: Todos os turistas do país estão chegando ou partindo para um dos dois lugares: Parque Namib-Naukluft e Parque Nacional de Etosha. Se você for visitar somente a Namíbia, não perca nenhum dos dois. Mas se for passar pelos territórios vizinhos, escolha conhecer as dunas do deserto Namib, afinal safaris e animais não são exclusivos do Etosha e podem ser encontrados por todo o sul do continente. No Namib, não perca o cemitério de árvores do parque e não estranhe se você sentir que já esteve ali antes. O local já foi utilizado em vários filmes hollywoodianos. Outro ponto clássico de turismo no país é a cidade de Swakopmund, destino para quem adora esportes radicais (e tem dinheiro para bancar as atividades).

 

 

TURISMO ALTERNATIVO
O que dizem os guias: Que tal procurar algumas pessoas da etnia Owambo para um bate-papo inspirador? Considerada a maior etnia do país, representa quase 50% da população do país. Assim como muitos dos africanos que vieram para o Brasil, os Owambos são de origem Bantu, designação de uma unidade com centenas de subgrupos que possuem em comum alguns aspectos culturais e a língua materna da família banta. Outra opção é encontrar um guia local que te apresente um membro dos povos Bosquímanos, habitantes da região há mais de 2000 mil anos e responsáveis pelas pinturas rupestres mais conhecidas do continente.

 

 

O que diz o AFREAKA: A mais marcante opção de turismo alternativo é uma visita à população Himba. O caminho até a cidade mais próxima das vilas não é nada fácil e fora em alguns meses do inverno, o acesso é impossível sem uma 4×4. No entanto, o visitante deve ter em mente que a sua ida terá consequências para a cultura local, uma vez que esta não mantém muitas relações com a sociedade ‘ocidental/industrializada’. Assim, a visita deve ser feita da maneira mais consciente possível (ou mesmo não feita). Já com os Owambos é outra história e são várias as opções de turismo comunitário, em que tanto você como as populações locais saem ganhando com a visita, sendo possível conhecer de perto as tradições e histórias da etnia. A maneira como os bosquímanos são representados nos guias é fantasiosa. Eles já não são nômades, não andam seminus e nem vivem da caça. Conhecê-los, porém, pode ser de grande riqueza para a sua viagem.

 

 

CURIOSIDADES
O que dizem os guias: A baixa densidade populacional da Namíbia de fato só se aplica aos humanos, já que dizem que por ali se encontra a maior população de leopardos do planeta. Já, aqueles que estiverem procurando por mistério, a cidade fantasma de Kolmanskopt é uma excelente escolha. Construída no começo do século XX por aventureiros em busca de diamantes, hoje se encontra completamente abandonada e semicoberta pelas areias do deserto. Os pontos emblemáticos não param por aí, no nordeste podemos encontrar uma das mais antigas e misteriosas pinturas rupestres do mundo: ‘A Dama de Branco de Branderberg’, desenhada há mais de dois mil anos, seu significado é rodeado de mistérios.

 

 

O que diz o AFREAKA: Os mamíferos grandes estão sim presentes em massa no país, mas para admirá-los de perto, só em visita aos parques nacionais. Fora deles, no nascer ou entardecer do dia, zebras, avestruzes, babuínos e antílopes estão pelas estradas menos frequentadas. Mesmo assim, siga a risca a placa de animais na pista: burros, cabras e javalis são abundantes e vivem causando acidentes. Mas animais estão longe de ser curiosidade na Namíbia. Mais vale conversar com alguém do grupo cultural Damara e tentar entender e reproduzir os infinitos clics da língua, uma diferente e divertida reprodução sonora das letras.

 

 

O QUE PROVAR
O que dizem os guias: Que tal começar pelo Mielie pap, espécie de mingau de milho, base da alimentação Owambo? Para acompanhar o prato principal, um vinho de melancia muito popular no país, o Matakatu. Por fim, de sobremesa, um pedaço de !nara (o sinal de ! indica um estalo na pronúncia), melão espinhoso de alta resistência e que sobrevive às terras menos férteis do país.

 

 

O que diz o AFREAKA: O pap é sem dúvida a comida nacional. E o acompanhamento mais tradicional é a carne. Outra opção é o feijão, que normalmente leva um molho de tomate quase que agridoce. O vinho de melancia e o !nara são exclusivos da Namíbia, porém só podem ser encontrados em uma região muito específica do país e é preciso passar pelo local para prová-los. Mais comum nos mercados locais é a kapana, churrasco de carne bovina feito na rua, e a vethoek, massa frita parecida com o bolinho de chuva. No norte do país, com a fruta marula são preparadas as duas bebidas mais tradicionais da região – a alcoólica e a não alcoólica.

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