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GanaO que dizem os guias

e o que diz o AFREAKA

Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

Para cada país visitado, fazemos dois resumos com dicas de turismo. O primeiro é a versão dos guias, livros e sites turísticos e o segundo é a versão do que vimos ao vivo durante a viagem. A ideia é fazer um confronto entre as duas opções, sair dos clichês e indicar alternativas para todos os tipos de gostos. Enquanto os guias trazem caminhos do turismo de base, o Afreaka procura por programas mais ligados à cultura africana e à proposta do projeto, indicando onde conhecer iniciativas locais inovadoras e fora dos estereótipos. A batalha entre as duas versões de Gana, começa agora:

 

 

INTRODUÇÃO:

O que dizem os guias: Gana é o brinco de ouro do Oeste Africano, se marcando como uma das melhores e mais promissoras economias da região. Considerado um país seguro, estável e fácil de viajar, geralmente é indicada nos guias como destino ideal para turistas de primeira viagem pelo continente. O país, que abre as portas para as maravilhas do continente africano, é um dos favoritos das agências de turismo pelo mundo e por isso não faltam pacotes de viagem online para cidades como Acra, Kumasi, Cape Coast, entre outras. No entanto, Gana também é encantadora para viagens por conta própria, com cidades bem conectadas e ótima infraestrutura de hotéis, albergues e restaurantes.

 

 

O que diz o AFREAKA: Gana foi o lar de um dos maiores pan-africanistas da história, e também primeiro presidente do país, Kwame Nkrumah. Suas palavras e teorias guiaram a luta pela independência ganense, uma das pioneiras na África. Desde então Gana é referência na produção intelectual e cultural, e não faltam opções interessantes para um mergulho turístico pelas ruas do país, sobretudo da cidade Acra que transpiram essa história. Outro destaque histórico que enfeita o turismo em Gana é a cultura Ashante. Além de Kumasi, capital do Império, com seus museus e palácios (ou até uma possível visita ao rei), a cultura se espalha por todo o país, representada em símbolos, cores, artesanato, tecidos etc., encantando turistas com suas ricas tradições. 

 

 

 

 

 

 

Turismo Tradicional

O que dizem os guias: Entre as opções clássicas de rotas turísticas a serem feitas em Gana está o tour dos castelos e fortes de Cape Coast. Ali, estão localizados alguns dos mais importantes edifícios da história colonial africana, muitos tombados como patrimônios históricos do país e do mundo. Outra opção clássica indicada pelos guias é o Safari no Parque Nacional Mole, um dos mais baratos do continente. Para os que curtem turismo ecológico e caminhadas, a região recomendada é a Volta Region, no leste do país, que conta com excelentes trilhas, cachoeiras e lagos, além de uma paisagem estonteante.

 

 

O que diz o AFREAKA: De Cape Coast até Busua, além da visita aos fortes e castelos, o turista já pode aproveitar a viagem para conhecer as inúmeras praias do país. Para os amantes do surf, a região é imperdível. A dica é procurar por albergues e hotéis ecológicos. Em moda no país, as opções deixam o passeio muito mais divertido, dando um toque especial ao clima de férias. Para quem não acha imprescindível ver animais ou para quem já conhece algum outro safari, o Parque Mole não é uma das mais divertidas opções do país, uma vez que os animais não são abundantes na região e a paisagem não é imperdível. O Parque Kakum, localizado em uma região de floresta tropical, é uma alternativa mais interessante. O passeio é feito a pé por uma trilha de passarela pendurada, que circula pelo dossel florestal, enquanto o guia especializado vai explicando a importância médica e cultural da folhagem local.

 

 

 

 

 

 

Turismo Alternativo

O que dizem os guias: Como opção de turismo alternativo, o mercado Kejetia se destaca. Localizado em Kumasi, segunda principal cidade do país, é considerado o maior mercado a céu aberto da África do Oeste, se expandindo por 12 hectares e abrigando mais de 10 mil barracas. É difícil saber onde acaba o mercado e começa a cidade, que parece estar coberta por ele. A vibração e energia presentes fazem valer a pena cada minuto do passeio. Outra opção de turismo alternativo é na própria capital. Por não ser agradável no primeiro olhar, os turistas acabam fugindo de Acra, no entanto, a cidade tem muito a oferecer, sobretudo nas opções noturnas ou gastronômica.

 

 

O que diz o AFREAKA: Acra, muito mais do que opções gastronômicas e noturnas, tem lugares de sobra a serem explorados. O centro histórico é recheado de prédios e bairros interessantes como Osu Castle, Jamestown e a Praça da Independência, oferecendo uma aula prática de história da colonização e do processo de independência. Ainda, os centros culturais e museus espalhados pela cidade, tornam a capital imperdível: Kwame Nkrumah Park, National Museum, Nubuke Foundation e Centro DuBois são apenas alguns dos nomes. Fora dr Accra, uma das melhores opções para viagens alternativas são os centros de turismo comunitário, onde é possível conhecer a cultura local, aprender técnicas de arte e artesanato e visitar chefes tradicionais cheios de histórias para dividir. Excelentes opções são a vila de Adanwomase, centro de produção do tecido kente, e a vila Ntonso, referência na arte dos símbolos Adinkra. 

 

 

Curiosidade

O que dizem os guias: Para começar, se você não tem o prenome John em alguma parte do seu nome, nem pense em concorrer a presidência do país. Desde 1992, todos os presidentes eleitos eram Johns, inclusive o atual, o Dr. John Dramani Mahama. Entre as curiosidades, vale lembrar que o maior lago artificial do mundo está localizado em Gana, o lago Volta. Inaugurado em 1965, o reservatório tem 8500km² e fornece energia para grande parte de Gana, Togo e o Benin. O país é também o segundo maior produtor mundial de cacau, responsável por 17% do abastecimento mundial do fruto, atrás somente da vizinha Costa do Marfim. Entre as glórias do país está o título, segundo dados do Global Peace Index, de nação mais pacífica da África e 40ª do mundo. Nada mal, não?

 

 

O que diz o AFREAKA: Uma das mais surpreendentes e admiráveis curiosidades que encontramos no país foi a febre da produção artística de caixões. Em forma de avião, lagosta, tênis ou até carro, os caixões estilizados já são considerados um símbolo emblemático da arte no país. Outra curiosidade inspiradora são as bicicletas de bambu. O país foi o responsável pela produção da primeira grande escala de bicicletas do tipo no mundo, se tornando um pioneiro na busca por transportes sustentáveis. Outro símbolo de Gana são os nomes dados às lojas e restaurantes locais, todos com teor religioso, como “Restaurante A vez de Deus”, “Por sua graça Bar”, “Ateliê O senhor é meu Pastor”, “Não hei de morrer Motores”, “O Sangue de Jesus Centro de Costura” e por aí vai. Criatividade não falta.

 

 

O que provar?

O que dizem os guias: Molhos apimentados e caldos engrossados são a base da culinária local. O fufu, presente em todos os países vizinhos, também não fica de fora. A massa feita de kassava, banana ou mandioca, serve de acompanhamento na maioria das refeições. Entre os principais molhos, o de amendoim com pimenta é notório. Peixes, frutos do mar e cabra são os destaques de mistura. Mas como em toda a região oeste da África, é muito comum refeições que não sejam acompanhadas de carne. Localmente uma das bebidas mais consumidas é o pito, espécie de cerveja tradicional, feita de modo artesanal e nada parecida com as industrializadas, mas que também estão disponíveis de sobra no país.

 

 

O que diz o AFREAKA: A culinária de Gana em muitos momentos lembra a culinária brasileira, assim, para os viajantes de longo período, é um lugar ideal para matar a saudade. Depois do fufu, o prato mais pedido como acompanhamento no país é o arroz. Entre os mais apetitosos está o fried rice (arroz frito) e o jollof rice (arroz preparado no molho de tomate com vegetais, pedaços de carne, temperos e muita pimenta). Outra pedida é o RedRed, guisado de feijão, preparado com óleo de palma, servido com banana madura frita, ou então o Waakye, uma deliciosa mistura de feijão com arroz. Nos restaurantes locais, o prato geralmente é servido com uma salada de alface, tomate e pepino, com molho de maionese por cima. De sobremesa, o mais comum, vendido em toda esquina, são fatias de banana verde, mandioca ou batata doce fritas e adocicadas.

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