Quando criança, Flora queria ser treinadora de golfinhos
e baleias, presidente do mundo, astronauta, bruxa ou dançarina de Can-Can.
Terminou jornalista e apaixonada pela história africana. Entre conversas,
livros, músicas, cursos, congressos e uma especialização, estudou o que pôde
sobre o assunto. Nasceu em São Paulo, cresceu em Campinas, saiu de casa
para ir morar em Paris, se formou em Florianópolis, trabalhou em Roma e
agora desfruta a tão esperada África. Mais do que línguas, adora falar. Por ser
uma tagarela profissional, ficou fluente em inglês, francês, italiano, portunhol
e pretende saber algumas frases em suaíli depois que voltar do continente
africano. Trabalhou com Comunicação para o Desenvolvimento na FAO (ONU),
como repórter do Portal Natura Ekos com foco em sustentabilidade e foi
coordenadora de comunicação do Células de Transformação, projeto social
que atua nas periferias de São Paulo.
Ainda não desistiu de treinar baleias.
Natan sempre foi artista. Na infância, ganhava ano após ano o concurso familiar de performances com sua impecável apresentação de moonwalk, mas logo deixou a carreira de dançarino para trás. Chegou a considerar ser cantor e arquiteto, mas não precisou pensar muito para escolher o design gráfico. Quando entrou para a faculdade em São Paulo, começou a trabalhar com design ecológico na Secretaria do Verde e fundou junto aos colegas a Besouro Coletivo, agência de design voltada para trabalhos sociais, educativos e sustentáveis. Gosta de formas lineares, de balançar na levada do Mano Brown, de cores fortes, de tocar as cifras do Chico, de texturas grunges e de cantar alto o som de Bob. Quando se formou, partiu para Roma, onde trabalhou em duas agências de design. Com saudades do arroz e feijão e do futebol brasileiro, voltou para São Paulo e, logo menos, entrou para a Secretaria Municipal de Cultura. Busca agora o tempero gráfico e a malemolência do beat africano.