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Brasil / África

A valorização dos cineastas negros no Cineclube CINEGRADA
por Maria Helena Barros

 

 

Toda a terceira quinta-feira de cada mês, no bairro Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, acontece uma noite de encontro com os maiores cineastas negros do mundo. Promovido pelo cineclube CINEGRADA, o evento tem como objetivo dar visibilidade e valorizar produções dirigidas por artistas negros. Com espaço desde 2014, o cineclube é uma ação do Coletivo Crua, projeto que atua na valorização da cultura negra, principalmente na área do audiovisual.

 

 

“Sentimos muita falta de filmes realizados por cineastas negros, então veio a ideia de montar esse cineclube, justamente para dar protagonismo em nossas histórias. Existem vários cineastas negros no Brasil e no mundo que não temos acesso,” pontua Rafael Ferreira, integrante do Coletivo.

 

 

Já passaram por lá diferentes títulos premiados, como Alma no olho, de Zózimo Bulbul, Faça a coisa certa, de Spike Lee, As filhas do vento, de autoria de Joel Zito Araújo. Vale ressaltar que novos artistas negros como Tainá Rei (Homem digo nu), Akins Kinte (Zeca, o Poeta da Casa Verde) e Renata Martins (Aquém das nuvens), também marcam presença nas programações.

 

 

 

O CINEGRADA exide diferentes títulos de autores e autoras negros (Foto: Divulgação)

 

 

Pensando na ampliação do cineclube, no mesmo ano de 2014, o coletivo criou o circuito CINEGRADA em comemoração ao Dia da Consciência Negra. O projeto percorreu 15 bairros diferentes da capital fluminense e exibiu 13 filmes. Além disso, ao fim de cada produção, o público pôde participar de debates com os integrantes do coletivo e alguns diretores convidados.

 

 

Ainda para 2015 está prevista a segunda rodada do circuito, justamente para valorizar e incentivar novos diretores. Desta vez o projeto conta com a mostra competitiva, na qual cineastas negros de todo Brasil serão convidados a enviarem seus filmes. Serão selecionados de 15 a 20 curtas para participar do circuito, este que concorrerão ao prêmio de melhor filme e um prêmio de cinco mil reais para o aluguel de equipamentos de iluminação, serviço de mixagem de até 20 horas e por aí vai.

 

 

 

Circuito CINEGRADA – Sessão especial COCOBONGO – Irajá (Foto: Divulgação)

 

 

A partir destas ações, o Coletivo CRUA dá voz, rosto e reconhecimento aos filmes dirigidos por artistas negros e os leva para as ruas do Rio de Janeiro. O CRUA – Coletivo Criativo de Rua, formado em 2013 por alunos da Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC), no Complexo da Maré, tem como principal objetivo a atuação em torno da cultura afro. Formado por jovens envolvidos em diversas áreas da cultura criativa, como cinema, fotografia, artes plásticas, teatro, música, atuam principalmente em favelas e periferias do Rio de Janeiro, valorizando a cultura existente no local e trocando novas experiências.

 

 

Para conhecer mais sobre o Coletivo e Cineclube:

https://www.facebook.com/coletivocrua