width="62" height="65" border="0" /> width="75" height="65" border="0" /> width="75" height="65" border="0"/> /> /> /> />
África

União Africana: Uma alternativa para o desenvolvimento?
por Edimar Araújo

 

Nkosazana Dlamini-Zuma, primeira mulher a comandar a União Africana. (Foto: Reprodução) 

 
 

A União Africana foi criada em Durban, na África do Sul, em 9 de julho de 2002 para unir forças em busca de um nível melhor em termos de desenvolvimento econômico e direitos humanos das nações de África. Com 53 países membros, a UA chegou para substituir a antiga Organização da Unidade Africana (OUA), fundada na Etiópia em maio de 1963 para conduzir processos de libertação, propiciar apoio econômico, militar e diplomático aos movimentos de luta pela descolonização.

 
 

Em uma África mais democrática e conectada, a União Africana enfrenta novos desafios propostos por um mundo globalizado, que exige a criação de blocos regionais econômicos com novas ideias e conceitos paras as grandes negociações que se apresentam. Para tal, a União Africana atua como elemento de cooperação e benefício mútuo entre os países que integram o bloco e encabeça o que ficou conhecido como ‘renascimento africano’, caracterizado pela modernização de instituições políticas e das estruturas econômicas. Embora só isto não seja o suficiente para o total desenvolvimento do continente, pois existem inúmeras questões sociais, institucionais e a estabilidade política, segundo especialistas, a UE surpreende pela sua complexidade e gigantismo.

 
 

Atualmente a UE é dirigida de forma interina pelo controverso Robert Mugabe, conhecida figura política africana e que também é presidente do Zimbabwe. A presidência da Comissão é exercida por Nkosazana Dlamini Zuma, sul-africana e ministra dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, e que inclusive já exerceu o cargo de ministra da Saúde e dos Negócios Estrangeiros. É uma das governantes com carreira mais longa na África do Sul.

 
 

 

Em uma África mais democrática e conectada, a União Africana enfrenta novos desafios propostos por um mundo globalizado. (Foto: Reprodução)

 
 

Foi com Dlamini Zuma que o presidente dos Estados Unidos Barack Obama se encontrou durante conversa com membros da Comissão da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia. A reunião girou em torno de análises sobre agricultura e o abastecimento de energia elétrica viável para as populações carentes que habitam parte das zonas rurais de África. Além disso, Obama e Dlamini trataram de questões acerca da paz e segurança, chegando à decisão de trabalharem juntos nestes dois itens, especialmente em meios para solucionar crises no Sudão do Sul e Burundi. Vale dizer que Barack Obama foi o primeiro presidente estadunidense a visitar as instalações da organização da União Africana.

 
 

Dentre as principais ações recentes da instituição os olhos se voltam para o lançamento de uma campanha contra o casamento de crianças no Zimbabwe. A iniciativa se dá em função da demonstração por meio dos números de que cerca de 31% dos jovens menos de 18 anos do país já estão casados. Com o lema “Somos Filhas e Não Esposas”, o programa também está presente na Etiópia, Níger, Burkina Faso, Chade, República Democrática do Congo, Madagascar e Uganda e visa a mobilização para que todos entendam o impacto social e econômico do casamento das jovens meninas para todo continente africano.

 
 

Segundo o comissário da UA para os Assuntos Sociais, Mustapha Sidiki Kaloko, o lançamento da campanha no Zimbabwe vai encorajar o chefe de Estado zimbabweano e presidente em exercício da UA, Robert Mugabe, a seguir com seu compromisso de sensibilizar os homens para as questões relativas às mulheres e às jovens, além de reforçar o papel de liderança da juventude por meio de novas tecnologias de comunicação e a partir da criação de movimentos sociais.

 
 

Assim como outros blocos econômicos continentais, a União Africana precisa de reparos para conseguir de uma vez por todas atingir os objetivos por ela traçados, como a busca da igualdade social, o fim dos conflitos que insistem em continuar em alguns países de África e fazer com que todos os países tenham regimes mais democráticos e se livrem da sombra de ditadores dos tempos de uma África que não existe mais.