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Brasil / África

Raquel Trindade, a Rainha Kambinda
por Iolanda Barros

 

Raquel Trindade (Foto: Divulgação)

 

 

Raquel Trindade nasceu em Recife, Pernambuco, foi criada no Rio de Janeiro e hoje vive em São Paulo. Filha do poeta Solano Trindade, fundou em homenagem ao seu pai, o Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes, que comemora seus 40 anos em 2015. Assim, mantém viva a herança e o legado do pai que, em 1950, havia criado o Teatro Popular Brasileiro, no Rio de Janeiro, em parceria com Maria Margarida Trindade, sua primeira esposa e mãe de Raquel, e o amigo pesquisador Édison Carneiro.

 

 

Ao longo das quatro décadas de existência, o Teatro Popular Solano Trindade tornou-se referência na preservação e promoção da cultura negra e popular. Hoje, oferece oficinas de dança afro-brasileira, percussão, Hip Hop, dança de salão e dança afro. Também realiza ensaios abertos de Maracatu, Côco de Alagoas e Pernambuco, Samba Lenço Rural Paulista, Cafezal, Lundu Colonial, Jongo Mineiro, Jongo Fluminense, Jongo da Serrinha, Ciranda, Guerreiro de Alagoas e Pernambuco, Bumba Meu Boi, Ritmos dos Orixás, entre outros ritmos da cultura popular brasileira.

 

 

Assim como no Maracatu a principal personagem é a Rainha, no Teatro Popular Solano Trindade a estrutura matriarcal se mantém. Embora hoje o Teatro seja gerido pela família Trindade como um todo, sua existência continua centrada no protagonismo de Raquel, a Rainha Kambinda. Ativista da cultura negra, artista plástica, dançarina, coreógrafa e também fundadora da Nação Kambinda de Maracatu, Raquel Trindade é uma mulher que vive a arte todos os dias. A dança faz parte de sua identidade desde criança e é ensinada até hoje por ela de acordo com a tradição transmitida pela mãe.

 

 

 

Raquel Trindade (Foto: Divulgação)

 

 

Realiza cursos e oficinas por todo o país e, apesar de não ter diploma universitário, foi docente da Unicamp e hoje é responsável pelo curso de extensão Identidade Cultural Afro-Brasileira (ICAB), realizado em parceria com a Unifesp. Especialista em transmissão oral do conhecimento, Kambinda é também uma griot, uma mestra guardiã do conhecimento, da história e da cultura afro-brasileira, fortalecendo a cada dia a missão de Solano Trindade de “pesquisar na fonte de origem e devolver ao povo em forma de arte”.

 

 

Conheça mais: http://www.afreaka.com.br/notas/40-anos-teatro-popular-solano-trindade/