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Brasil / África

Ocupação Cartola homenageia o samba e o amor
por Kauê Vieira

 

A glória de Cartola veio mesmo na velhice, tempo em que se imortalizou com um grande músico. (Foto: Divulgação)

 
 

Considerado um dos principais nomes do samba e da música brasileira, Cartola ganha agora uma mostra em sua homenagem no Itaú Cultural de São Paulo, a Ocupação Cartola. Com curadoria da cantora Fabiana Cozza, a exposição conta a história de vida, os amores e sambas compostos por este negro franzino, que adorava desfilar de calça social, óculos de aviador e camisa. Claro, na companhia do inseparável violão.

 
 

Agenor de Oliveira nasceu em 1908, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas ainda criança se mudou para o Morro da Mangueira. Na zona norte do Rio fundou uma das maiores escolas de samba do carnaval, A Estação Primeira de Mangueira, que a partir de 1928 levou o nome da morada de Cartola para os quatro cantos do mundo. Cartola teve a partir do encontro com Carlos Cachaça o samba como grande companheiro de vida. Compositor ativo, durante os anos 1930 e 1940 teve suas músicas cantadas por nomes como Araci de Almeida, que emprestou sua voz para o primeiro samba de Cartola, Chega de Demanda. Mesmo com canções de sucesso e tendo se relacionado com nomes como Noel Rosa, Cartola enfrentou tempos complicados e que resultaram em seu desaparecimento do circuito musical por cerca de oito anos.

 

 

Foi só a partir da chegada de Dona Zica, o grande amor de sua vida, que as coisas mudaram e ganharam novos contornos. Apaixonado, o casal retornou ao Morro da Mangueira – já que Cartola passou muito tempo do ostracismo vivendo na favela do Cajú, onde ficaram até o fim da vida do sambista. A glória de Cartola veio mesmo na velhice, tempo em que se imortalizou com um grande músico, isso em função de trabalhos como o disco Verde Que te Quero Rosa e canções como Tive Sim e As Rosas Não Falam.

 
 

 

Em seis eixos, a Ocupação Cartola aborda a vida e pluralidade de Cartola, em paralelo a uma das histórias de amor mais marcantes do mundo do samba, o amor entre Dona Zica e o sambista. (Foto: Divulgação)

 

 

Ocupação Cartola

 

Como foi dito, a mostra possui curadoria compartilhada entre a cantora Fabiana Cozza e os Núcleos do Itaú Cultural de Música e Enciclopédia e de forma certeira alia o moderno com o tradicional, como demonstra bem a presença de nomes como os de Juçara Marçal e Ellen Oléria na leitura de suas canções.

 

 

Em seis eixos, a Ocupação Cartola aborda a vida e pluralidade de Cartola, em paralelo a uma das histórias de amor mais marcantes do mundo do samba, o amor entre Dona Zica e o sambista. A chegada de Dona Zica na vida de Cartola é retratada com fotos da época e uma paisagem sonora característica da metade do século XX.

 
 

 

Foi só a partir da chegada de Dona Zica, o grande amor de sua vida, que as coisas mudaram e ganharam novos contornos. Apaixonado, o casal retornou ao Morro da Mangueira. (Foto: Divulgação)

 
 

No ano de seu centenário, o samba pede passagem mais uma vez e depois de ocupar o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e ser ouvido para além do planeta Terra, o ritmo mais famoso do Brasil é homenageado por meio da biografia de um de seus frutos mais valiosos, Cartola. Celebremos!

 

 

Serviço:

Período: de 17 de setembro a 13 de novembro
De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h
Piso Térreo
Indicada para todas as idades
Entrada gratuita

 

 

Endereço:

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777
Acesso para pessoas com deficiência física

 

 

Saiba mais: www.itaucultural.org.br