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Quênia

Jepchumba: a sonhadora digital
por Iolanda Barros

 

Jepchumba (Foto: Divulgação)

 

 

Com formação inicial na área de humanidades (graduada em Pensamento Social Crítico – um misto de filosofia, política e arte), e apaixonada por design, Jepchumba possui também possui mestrado em Mídia Digital. Em 2012, foi selecionada pela revista Forbes como uma das 20 jovens mulheres mais poderosas da África e pelo The Guardian Africa como uma das 25 mulheres africanas de maiores conquistas.

 

 

Além de artista, Jepchumba é também uma empreendedora no campo da economia criativa. Unindo tecnologia e criatividade, fundou a rede African Digital Art (http://africandigitalart.com), da qual também é diretora criativa. Cobrindo expressões no campo da produção audiovisual, animação, projetos interativos, website, curta-metragens, design e arte gráfica, African Digital Art é um espaço criativo em que artistas podem expor seus trabalhos e se conectar com outros entusiastas da arte digital. Além de ser um espaço de inovação e inspiração, a plataforma constitui também um coletivo, uma comunidade em que artistas reconhecidos e novos talentos se expressam e se encontram.

 

 

Expandir as fronteiras digitais é a missão da African Digital Art e hoje Jepchumba viaja através do continente africano e ao redor do mundo promovendo seu comprometimento com a criatividade, a arte e a tecnologia e trazendo à tona o potencial frequentemente subestimado das artes digitais no continente africano. Em entrevista ao The Hunffington Post, ela explica:

 

 

A tecnologia digital está transformando a maneira como o mundo olha para a África. Devido ao crescente aumento no acesso à tecnologia, muitos africanos hoje têm a oportunidade de realmente falar por si mesmos. Por um longo, longo período, o mundo teve uma visão muito estreita sobre a África; um continente atormentado pela fome, doenças, batalhas e sofrimento. Esses olhares limitados são agora ampliados pelo acesso à tecnologia. Mais e mais africanos vêm ganhando acesso a dispositivos que os permitem praticar sua engenhosidade.

 

 

 

 

A trajetória de vida da artista revela muito sobre seu olhar visionário. Ela se mudou muito nova para os Estados Unidos e viveu em diversos outros países, já que seu pai era Ministro das Relações Exteriores. Quando criança, Jepchumba (cujo nome, curiosamente, se traduz livremente para “estrangeira”) sonhava em conhecer a cultura de sua casa, o Quênia, e tornou-se também obcecada em descobrir os “porquês” de tudo. Hoje, cada vez mais envolvida na cultura africana, mora fisicamente na África do Sul, e online pelo resto do continente. Foi, assim, se acostumando a desafiar as formas convencionais de sabedoria e a criar novas possibilidades por meio da tecnologia. Hoje é uma das grandes sonhadoras digitais do nosso tempo.