Divulgação: foto de dunianiduara
A África é o terceiro continente mais extenso do mundo, ficando atrás da Ásia e da América. Tem cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É também o segundo continente mais populoso da Terra, ficando apenas atrás do asiático, com estimativa de cerca de 820 milhões de pessoas.
Divulgação: foto de abduressat
Além disso, apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Também detêm grandes reservas minerais, destacando-se o ouro e os diamantes da África do Sul, do Congo e de Gana, que respondem pela maior parte da produção mundial. É igualmente rica em fontes energéticas como petróleo e gás natural, principalmente na Nigéria, no Gabão, na Líbia, na Argélia e no Egito. O subsolo africano fornece também em abundância os seguintes minerais: antimônio (África do Sul), fosfato (Marrocos, grande produtor mundial), manganês (Gabão e África do Sul), cobre (Zâmbia e Congo), urânio (África do Sul e Gabão).
Divulgação: foto de aniakrukowska
Entretanto, apesar de todas as suas riquezas, das coisas boas que o continente tem, de sua beleza, de seu povo, de sua arte, sua cultura, ele é – majoritariamente – mostrado ao mundo mais pelas suas mazelas do que pelas suas maravilhas. Assim, é construída uma identidade coletiva africana que nem sempre mostra ao mundo as realidades cotidianas que o Continente possui.
Divulgação: foto de EveryDayAfrica
Como Robert Stam bem diz em sua Critica Da Imagem Eurocêntrica, “A ‘inferioridade’ da África, portanto, foi uma invenção ideológica que exigiu o ‘apagamento da consciência histórica ocidental do significado da Núbia para a formação do Egito, do Egito para o desenvolvimento da civilização grega, da África para a Roma imperial e, mais marcadamente, da influência do Islão sobre a história econômica, política e intelectual da Europa.’”, ou seja, esse apagamento decorre ainda hoje, e essa sua grandiosidade é deixada de lado por muitos setores de nossa sociedade, como os meios midiáticos e a educação, que acabam não abordando as outras faces deste Continente, que acabam não reconhecendo tópicos relevantes de sua vida e de sua cultura, principalmente no que diz respeito à sua arte milenar e aos caminhos percorridos hoje para a formação da autêntica identidade africana a ser mostrada para o mundo.
Divulgação: foto de EveryDayAfrica
Tendo em vista uma África como um continente de força poderosa cultural, financeira e socialmente, mas que, entretanto, tem sido negligenciada por décadas, é preciso parar e corrigir esse descuido. Com isso, as formas de representações são uma ótima ferramenta para lidar com a caótica realidade da diversidade racial e a importância das mais diversas iniciativas para mudar este cenário.
Com objetivo de quebrar esse fluxo de falta de informação, Peter DiCampo e Austin Merrill tiveram uma ideia: agregar em um site fotografias feitas à patir de telefone celular por qualquer lugar em toda a África. A tentativa de formar um retrato mais completo da vida no Continente do que a mídia permite integra um projeto denominado Everyday Africa.
Divulgação: foto de EveryDayAfrica
O projeto é uma tentativa de refoco direto em direção a uma compreensão mais precisa do que é a maioria dos africanos e suas experiências no dia a dia: a vida normal, em oposição à imagem da mídia comum sobre o continente africano: a dos extremos. Buscando o retrato da vida cotidiana, a iniciativa propõe a pergunta: ‘como podemos identificar os extremos sem primeiro estabelecer as normas?’ e assim constrói em seu site um intrigante quebra cabeça a partir de uma coleção de imagens gravadas em telefones celulares em todo o continente.
Divulgação: foto de itsdaliso
Com muitos outros fotógrafos contribuintes, o projeto é uma resposta à representação da mídia comum sobre o continente africano como um lugar consumido pela guerra, pobreza e doença. No portfólio do site, encontramos trabalhos de jornalistas nativos da África ou que viveram e trabalharam no continente durante anos ou por um curto momento, de cidadãos interessados em contribuir ou artistas engajados. O resultado dessa composição é prova de que o retrato dos extremos não prevalece com a mesma força que o familiar, o cotidiano.
Na home page do projeto há imagens que foram tiradas por fotógrafos oficiais que integram o grupo da Everyday Africa e incluem perspectivas de africanos e não africanos também. Há também imagens tomadas por milhares de seus seguidores, que têm suas fotos marcadas com a hashtag everydayafrica. Essas diversas fotos e esse portfólio digital da realidade africana trazem um pouco mais da História desse rico continente nos mostrando um pouco mais de suas identidades, de seus costumes, sua arte, sua vida e o quão importante é ter mais e mais meios de se mostrar ao mundo a verdadeira África, além dos olhos que criaram, ou ainda criam, seu apagamento.
Divulgação: foto de layepro
Saiba mais:
Tumblr: http://everydayafrica.tumblr.com/
Facebook: https://www.facebook.com/everydayafrica
Instagram: http://instagram.com/everydayafrica
Twitter.: https://twitter.com/EverydayAfrica
Idealizado por Peter DiCampo e Austin Merrill, o projeto tem crescido para incluir o trabalho dos seguintes contribuintes: Nana Kofi Acquah, Jide Alakija, Jana, Ašenbrennerová, Andrew Esiebo, Glenna Gordon, Jane Hahn, Idil Ibrahim, Shannon Jensen, Lindsay Mackenzie, Holly Pickett, Allison Shelley, Charlie Shoemaker, Nichole Sobecki, Laura El-Tantawy, Sara Terry.