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Senegal

Djilapao e as joias dos confins africanos
por AFREAKA

 

 

Para chegar até o vilarejo de Djilapao da cidade de Zinguinchor, capital da região sul do Senegal, é preciso atravessar o rio Casamance em uma viagem que dura pouco menos de duas horas. O destino final é uma das ilhas abraçadas pelos mangues do rio. Moram ali não mais que 30 famílias, que vivem da pesca e da agricultura de subsistência, sobretudo do arroz. A impressão ao conhecer a ilha é ter descoberto um pequeno pedaço de paraíso, onde a palavra ‘orgânico’ parece ter seu sentido completado. O vilarejo é uma representação das joias existentes nos confins africanos.

 

 

 

 

Visitar os povoados mais afastados é um dos meios de entrar em contato profundo com a cultura local. É o momento em que diferenças e semelhanças ficam à flor da pele, trazendo da experiência os mais significativos momentos de aprendizagem. Cada vila parece ter um quê de especial, que a torna única e imperdível. Pode ser uma casa tradicional, um artista inovador, uma obra instalada no meio da natureza ou uma pessoa interessante para conversar – vai sempre ter um motivo mais do que válido para a visita.

 

 

 

 

Em Djilapao, por exemplo, o destaque inicial é Casa do Artista. Construída e decorada pelo criativo Jean Yéyié Badji, a casa é feita de barro e possui dois andares. Por dentro, suas paredes e colunas são ornamentadas com esculturas embutidas de representações da vida cotidiana do artesão, algumas de temáticas mais sociais e outras de humor mais escrachado. O segundo momento da visita também é mágico: passear pelos campos de arroz, comer fruta de baobá do pé e experimentar o sabor das plantas locais estão no pacote do dia. Quem sabe com sorte, ser convidado por algum morador para almoçar peixe e arroz, o clássico local. Por fim, aproveitar a encantadora companhia dos pequenos da ilha, que te guiam de mãos dadas pelas trilhas do vilarejo. No Senegal e na África, Djilapao não é exceção, é regra – das belezas que o interior distante tem a oferecer.