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África

Como as impressoras 3D podem ajudar no desenvolvimento da África
por Laila Dubina

 

 

A tecnologia de impressão 3D tem sido utilizada por empresas do mundo todo para agilizar e diminuir os custos dos processos de produção dos mais diversos setores de indústria. Mas, além disso, a tecnologia está sendo aproveitada para trazer soluções inovadoras como a obtenção de energia limpa para países e comunidades com pouca infraestrutura.

 

 

Organizações como Peppermint Energy e Designs For Hope têm empregado impressoras 3D para ajudar a promover o desenvolvimento econômico de países emergentes e disponibilizar energia em áreas sem acesso. A Designs For Hope, por exemplo, desenvolveu um dispositivo que possui geradores acoplados em bicicletas que colhem e armazenam a energia produzida a cada pedalada, para, posteriormente serem disponibilizadas nas áreas carentes, iniciativa que só foi possível graças as impressoras 3D, que reduziram custos e viabilizaram o processo. O primeiro beneficiado do projeto foi um orfanato Uganda, cuja energia elétrica vinha de um pequeno sistema de painel solar. Agora, utilizando o protótipo criado, os funcionários e colaboradores passaram a ser os responsáveis pela geração de energia do orfanato.

 

 

 

 

Outro caminho promissor de novas possibilidades com a impressão 3D é na área da reciclagem. Alunos da University of Washington estão desenvolvendo um equipamento capaz de reutilizar resíduos plásticos para a impressão de componentes de sistemas para coleta de água da chuva ou de banheiros ecológicos. Matthew Rogge, um dos alunos que lideram a pesquisa, trabalhou durante anos em projetos de construção de sistemas de irrigação em Gana, no Panamá e na Bolívia.

 

 

No Sudão muitas vidas também estão mudando com a vinda da tecnologia 3D. A história Daniel Omar, um menino amputado em consequência da guerra no sul do país, chegou aos ouvidos de Mick Ebeling, fundador da startup chamada Not Imposible Labs -  organização que constrói dispositivos open-access (disponibilização livre na Internet) para ajudar as pessoas a enfrentar limitações físicas aparentemente incorrigíveis.

 

 

 

 

Ebeling construiu através de uma impressora 3D uma prótese sob medida para Omar. Quando concluiu o trabalho com o jovem, antes de voltar para casa ele doou duas impressoras e treinou uma equipe local de oito pessoas para darem continuidade ao trabalho. A equipe sudanesa atualmente produz uma prótese semanalmente para jovens que, como Daniel, foram vítimas da guerra.

 

 

Os africanos prometem no mundo das invenções. No Togo, no oeste da África, Kodjo Afate Gnikou desenvolveu um modelo de impressora 3D feita com entulho eletrônico. Para sua concepção, Afate teve que comprar algumas peças novas, mas a maioria dos componentes vieram de computadores, impressoras e scanners encontrados nos lixões da cidade. Tal feito lhe garantiu um prêmio de inovação dado pela Nasa, que estuda enviar equipamentos como o de Kodjo para o espaço, reduzindo o volume de cargas a transportar a bordo de suas espaçonaves.

 

 

O uso da tecnologia vem ajudando no desenvolvimento social e econômico de centenas de pessoas, trazendo confiança, esperança e renovação a todas as comunidades beneficiadas.

 

 

Para saber mais sobre os projetos:
Not Imposible  
Designs For Hope
Peppermint Energy
University of Washington