Você já ouviu falar em Alhaji Aliko Dangote? Ele está entre os homens e mulheres mais ricos do mundo listados pela Revista Forbes, ocupando o 23º lugar no ranking da publicação. Está também entre as 100 pessoas mais influentes apontado pela Revista Time. Nigeriano, com 57 anos, sua fortuna é avaliada em US$ 25 bilhões (R$ 55,5 bilhões), o que o coloca também como o homem mais rico da África.

Como ele acumulou essa grande fortuna? Trabalhando e muito, buscando se sobressair como empreendedor, investidor, multiplicando ações sociais e tentando descobrir novos talentos no continente de origem. Vem de família de comerciantes promissores, mas começou sua vida profissional de forma modesta em um pequeno negócio nas áreas de cimento, açúcar e outros produtos do gênero alimentício, depois de se formar em Administração de Empresas, no Cairo, Egito.

Hoje o dono da Dangote Group continua nas áreas que fizeram a empresa crescer e atua também nos segmentos da agricultura e petróleo, setor que pretende investir na construção da primeira refinaria da Nigéria. O conglomerado, que está presente em 14 países com destaque para África do Sul, Zâmbia, Senegal, Etiópia, Serra Leoa e Gana, tem sede em Lagos e emprega 11 mil funcionários.

Quanto ao cimento, ramo que a empresa se sobressai, a capacidade anual é de 30 milhões de toneladas e há planos de aumentar em cinco vezes a produção em 2015. Há estimativas que cerca de US$ 16 bilhões serão investidos no grupo nos próximos anos.

Desde 2010, a Dangote vem participando de fusões com outras grandes companhias como a realizada com a Benue Cement Co. Juntas, as empresas impulsionaram a produção, contribuindo para tornar a Dangote Cement, uma das empresas do conglomerado, o maior produtor de cimento da África. Em entrevista ao site Bloomberg, Dangote declarou “nossos produtos podem ser simples sacos de cimento, mas milhões de africanos vão usá-los para construir um continente que é rico em oportunidades para empreendedores e investidores”.

Filantropia – Aliko não foca seus esforços só no faturamento da empresa e tem um olhar para as necessidades sociais. Atua fortemente na área da filantropia e há um ano doou mais de US$ 100 milhões a diversas causas sociais como a luta contra a pólio, construção de um centro internacional para o tratamento do câncer em Abuja, doação de aparelhos de diálise ao hospital de Lagos, ajuda em catástrofes humanitárias, entre outras.

Outra faceta de Dangote é o fascínio que desperta nos jovens de seu país. Em diversas palestras realizadas, o fundador do grupo costuma incentivar o empreendedorismo entre os ouvintes. “Graças aos avanços da comunicação e da tecnologia, a juventude de hoje tem melhores oportunidades do que minha geração teve e, por isso, tem o dever de fazer a diferença no desenvolvimento do país.”, afirmou em entrevista à Revista Exame.

No entanto, Dangote analisa a ansiedade da juventude como impedimento para atingir os resultados e o sucesso. “Eles querem ser como eu sou, mas desejam conquistar tudo muito rápido”. Aliko levou 30 anos para se destacar no meio empresarial e aconselha quem vai começar em um novo negócio que se comece debaixo, mas sonhe alto.