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África

Africanas empreendedoras
por Nathalia Marangoni

 

Ntsoaki Phali (Foto: Divulgação)

 

 

Em Novembro de 2014, a ONU em parceira com outras organizações lançou o Dia Global do Empreendedorismo Feminino. Na África, quase dois terços da força de trabalho é composta por mulheres e, segundo o Banco Mundial, o índice de empreendedorismo feminino é maior do que em qualquer região do mundo.

 

 

Para celebrar o trabalho de milhões de mulheres africanas empreendedoras que fazem a diferença no mundo, a Afreaka começa uma série que divulga negócios femininos de destaque no continente.

 

 

Igualdade de trabalho

A sul-africana Ntsoaki Phali trabalhou por quase 10 anos como Coordenadora de Recursos Humanos na área de recrutamento e treinamento. Durante o período, ela enfrentou dificuldades para atingir suas metas de igualdade no trabalho enquanto recrutava pessoas com deficiência física.

 

 

“De alguma forma, eu notei pessoas com deficiência que tinham habilidades relevantes para o mundo do trabalho, mas que faltava a elas um facilitador entre  um possível empregador e seu talento em potencial”, ela conta.

 

 

Por observar estes desafios, ela decidiu largar a empresa em que trabalhava e lançar um negócio social especializado em recrutar e posicionar pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho.

 

 

Sua iniciativa, a Beyond Ability Talent Solutions, atua desde 2009 sensibilizando equipes em como se relacionar com pessoas com deficiência e realizando auditorias ambientais para garantir acessibilidade ao ambiente de trabalho para seus clientes.

 

 

“Minha empresa é movida pela filosofia de diversificar nossas forças de trabalho, mas mais importante do que isso, emancipar economicamente pessoas com deficiência. A cada dia eu chego mais perto de compreender  a minha missão na Terra.”

 

 

 

 

Uma doce iniciativa

Unir habilidades manuais com o melhor do chocolate fino é o segredo do sucesso da chocolatier sul-africana Nontwenhle Mchunu: “Sou apaixonada por comida e artesanato. O chocolate provou ser a melhor forma de unir as duas coisas que eu mais amo no mundo”.

 

 

Movida por suas paixões, ela começou sua jornada como empreendedora abrindo um pequeno negócio em KwaZulu Natal, na África do Sul, batizado de EzulwiniChocolat, que hoje tem sua sede na Cidade do Cabo. O nome ‘ezulwini’ significa ‘paraíso’ e presta homenagem à principal casa real de seu ancestral, o príncipe de Ezulwini, Dabulamanzi kaMpade.

 

 

Toda sua energia criativa misturando chá, café, frutas secas e biscoitos para criar sabores diferentes de chocolate foi notada pela Academia Ackerman de Desenvolvimento Empreendedor, iniciativa da escola de negócios UCT Graduate School Of Business. Por seus esforços, ela foi convidada a integrar o programa, que tem como objetivo desenvolver características empreendedoras entre jovens que enfrentam desvantagens ao gerenciar um negócio.

 

 

 

Nontwenhle Mchunu (Foto: Divulgação)

 

 

Não demorou muito para que ela começasse a se destacar ganhando diversos prêmios de empreendedorismo social, agarrando oportunidades únicas: ela recebeu apoio para estudar no Leatherhead Food International, um dos institutos de alimentação mais bem avaliados da Europa e para estagiar na Suíça por três meses com o chocolatier Läderach, um dos maiores criadores de chocolate do mundo.

 

 

Seu trabalho à frente da EzulwiniChocolat não só valoriza o que há de melhor em um dos produtos de maior destaque do continente africano – a África é o maior produtor de chocolate em todo o mundo – como também inspira outros jovens a abrirem negócios responsáveis e sustentáveis que geram empregos e agitam a vida econômica de suas cidades.

 

 

 

 

Na próxima semana, é possível conferir no Afreaka mais uma reportagem sobre mulheres africanas empreendedoras que fazem a diferença no mundo. Fique de olho!