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Brasil / África

África: números que desmistificam estereótipos
por Kauê Vieira

 

Johannesburgo, África do Sul

 

 

Muito se diz sobre a pobreza que assola o continente africano. Sem dúvida alguma ela existe há muito tempo por lá, contudo, será que um continente com estas proporções vive apenas de miséria e tristezas? Mesmo pouco divulgada pelos grandes veículos de comunicação (incluindo os do Brasil), Angola é o país que mais cresce no mundo. Sim, a nação passou inclusive a poderosa China. Os números apontaram um avanço econômico de 8.2% para o ano de 2013 e já estipulam um salto de 7.8% para 2014. Por sua vez, o gigante asiático cresceu 7.8% até o terceiro semestre de 2013. Para enfatizar o forte avanço angolano, números da consultoria Mercier apontam Luanda como a cidade mais cara do planeta, deixando para trás metrópoles como Nova York e São Paulo (que ocupa o décimo lugar).

 

 

 

Harare, Zimbábue

 

 

Estes dados valiosos servem para ilustrar e acabar com a “má reputação” africana criada pelo Ocidente. Sim, pessoas ainda morrem por falta de comida no continente. Certamente este é um problema que deve ser tratado com o máximo de atenção pelo resto do planeta. Entretanto, a África, o continente mais complexo do mundo, não vive só mazelas, tampouco de safáris e comunidades tradicionais. Dois exemplos disso são Abuja e Adis Abeba, capitais da Nigéria e Etiópia respectivamente. A primeira é uma das cidades que mais cresce em todo o planeta. Em 1991, a capital nigeriana possuía 330 mil habitantes, em 2010 os números saltaram para 1,99 milhões. Já Adis Abeba é o centro diplomático da África e sede da União Africana e da Comissão Econômica das Nações Unidas no continente. Além disso, a capital da Etiópia, considerada o centro cultural da África, abriga mais de 100 embaixadas de países do mundo todo, a maior concentração depois de Londres, Nova York e Washington.

 

 

 

Galeria de Arte de Bulawayo, Zimbábue

 

 

Dados como estes são fundamentais para desmistificar a ideia ocidental de que a África é um continente sem conserto. Para que nos aproximemos ainda mais de nossos irmãos africanos, é preciso ir além, conhecer a cultura dos seus diferentes países, familiarizar-se com o estilo de vida de cada nação, sobre suas características. Da mesma maneira que não gostamos quando americanos e europeus dizem que no Brasil se fala espanhol, os africanos não endossam a teoria de que todos estão morrendo de fome por lá. Em tempo, procure saber.

 

 

 

Cape Town, África do Sul