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Nigéria

Adeola Olagunju: O novo olhar da Nigéria
por Mariana Grilli


 
body & truth

 

 

A fotografia é uma arte que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário africano. Um dos nomes que comprovam esta afirmação é da nigeriana Adeola Olagunju. Nascida em Ilesa, no estado de Osun, a fotógrafa atualmente vive e trabalha na cidade de Lagos, situada no sudoeste da Nigéria. Adeola tem trabalhado como artista gráfica para agências de publicidade, mas recentemente ela se sobressaiu com seus ensaios criativos, muitas vezes críticos, e que sempre expõem a paixão pela fotografia.

 

 


 
No Way Out

 

 

A série mais atual de Adeola chama-se “Paths & Patterns”, que em português significa “Trilhas e Padrões”. Neste ensaio, ela se dedica a fotografar os pés de diversas pessoas como forma de expressar que esta parte do corpo carrega nossas memórias, experiências e também decide qual será o caminho a ser trilhado em nossos destinos. “A rota que escolhemos é determinada por aspectos como nossa tradição, família e sociedade. Mas são nossos pés que nos levam a todo lugar e nos mostram as memórias destas viagens”, explica Adeola.

 

 


 
Melancholic communion

 

 

A artista se dedica à fotografia para expressar o que ela vivencia e as verdades que a Adeola enxerga em seu cotidiano. Desta forma, o estilo das imagens de “Paths & Patterns” nasceu de um olhar real, observador, que tenta traduzir toda a bagagem que os personagens viveram. Por meio do nome de cada foto é possível interpretar como tem sido a jornada daqueles pés, como por exemplo, nas imagens nomeadas “No way out” e “Melancholic”.

 

 

 

 

Outro trabalho da artista que envolve o corpo humano é a série “The Body & The Truth” ou “O Corpo e A Verdade”. Nesta sessão de fotos, Adeola se empenha na aliança da sombra e da luz e trata as curvas com muita sutileza. O que ela pretende deixar em evidência são apenas as silhuetas, com o objetivo de declarar a beleza do corpo feminino e fazer da modelo um símbolo de sensualidade.

 

 


 
Sojourner

 

 

Ao analisar ambas as séries, os recursos mais facilmente compreendidos são a humanização do personagem negro e a utilização constante do preto e branco. A artista deseja que seu trabalho seja acessível para a percepção de cada um, sem impor seu ponto de vista ou enfatizar algo específico que ela espere que o público perceba, mas sim deixando a obra aberta à expressão e a compreensão individual. Como expressado nessas suas séries, as inovações são um forte exemplo da nova desenvoltura da cena africana na fotografia e na cultura e Adeola Olagunju, com a sutileza, ineditismo e perspicácia de seu trabalho, entra para a lista de destaques dessa contemporânea e promissora geração.