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TanzâniaUm hino de amor africano
Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

É difícil (ou impossível) descrever o imaginário coletivo de um país. No entanto, é inegável que existem alguns pontos que são como fios conectores de uma nação, presente na mente e no gosto de quase todos os seus cidadãos. Uma comida que todo mundo gosta e considera nacional, uma festa que todos esperam ansiosos para celebrar, ou então um esporte que não há conterrâneo que não tenha assistido ou praticado pelo menos um dia na vida. No caso da Tanzânia, o fio que liga os milhões de habitantes é uma música: Malaika.

 

 

Composta há seis décadas, a canção de amor se tornou símbolo não apenas do país, mas como de todo o leste africano, onde não há alma pela qual suas notas não tenham passado. De tons suaves, ritmo calmo e melodia romântica, Malaika está na mente de todos que circulam na região: os miúdos, os mais velhos, os turistas, os casados, os solteiros – não há quem não a conheça e não há quem não saiba recitar e cantarolar o seu refrão: ’Malaika, nakupenda Malaika’, que em português seria ‘anjo, eu te amo, anjo’.

 

 

A história da música é simples: um apaixonado que quer se casar, mas não tem dinheiro suficiente para isso e por isso segue com o coração perturbado. Mas, a Malaika tem aquele quê inexplicável, que transforma uma criação casual em febre: além de ser gostosa para os ouvidos, sua letra pega entre fluentes e não fluentes de suaíli. Desde que foi criada, a composição tem capturado corações apaixonados mundo afora e já foi gravada e interpretada por mais de 15 músicos e bandas, inclusive pela preciosa voz sul-africana, a ‘mãe da África’ Miriam Makeba, que popularizou a música dentro e fora continente.

 

 

Além de ter o título de canção suaíli mais conhecida pelo mundo, Malaika também está na disputa das mais importantes criações da música africana. Porém a autoria da badalada música permanece misteriosa. Na Tanzânia, acredita-se que a melodia foi escrita por Adam Salim em 1946, enquanto trabalhava em Nairobi, no Quênia. Makeba nunca reclamou a autoria da música, mas sempre antes de cantar anunciava: “aqui vai uma música da Tanzânia”. O queniano Fadhilli Williams foi o primeiro a gravá-la com a banda Jambo Boys, em 1960 e, por isso, para ele também vão muitas das referências. Tanzaniano, queniano, tem até lenda que diz ter sido um cubano: a música talvez nunca tenha nascido para ser de uma só pessoa.

 

 

Letra e tradução:

 

 

Malaika, nakupenda Malaika
Anjo, eu te amo anjo.
Malaika, nakupenda Malaika
Anjo, eu te amo anjo.
Nami nifanyeje, kijana mwenzio
E eu, seu jovem amigo, o que eu deveria fazer?
Nashindwa na mali sina, we,
Estou derrotado pelo dinheiro do casamento que eu não tenho
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo
Nashindwa na mali sina, we,
Estou derrotado pelo dinheiro do casamento que eu não tenho
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo

 

 

Kidege, hukuwaza kidege
Pequeno pássaro, como eu penso em você pequeno pássaro
Nami nifanyeje, kijana mwenzio
E eu, seu jovem amigo, o que eu deveria fazer?
Nashindwa na mali sina, we,
Estou derrotado pelo dinheiro do casamento que eu não tenho
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo
Nashindwa na mali sina, we,
Estou derrotado pelo dinheiro do casamento que eu não tenho
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo

 

 

Pesa zasumbua roho yangu
O dinheiro (o que eu não tenho) deprime a minha alma
Pesa zasumbua roho yangu
O dinheiro (o que eu não tenho) deprime a minha alma
Nami nifanyeje, kijana mwenzio
E eu, o seu jovem amigo, o que eu deveria fazer?
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo
Nashindwa na mali sina, we,
Estou derrotado pelo dinheiro do casamento que eu não tenho
Ningekuoa Malaika
Eu casaria com você meu anjo

 

 

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