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ZimbabweOs encantos da maior cortina
de água do mundo
Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

Vinte quilômetros distante, explode no cenário uma fumaça branca. Um vapor de água que sai do meio de uma pequena e densa floresta para arranhar o céu. Aproximando-se, escuta-se um som abafado, que vai com o encurtar da distância ficando cada vez mais alto, começando a se assemelhar com a reprodução de uma série ininterrupta de trovões. E de repente, corpo, cabelo e roupas estão úmidos. Pronto. Você chegou às Cataratas de Mosi-oa-Tunya, também conhecidas como Cataratas de Vitória ou Victoria Falls.

 

 

O conjunto de cachoeiras localizado entre o Zimbábue e a Zâmbia recebeu o nome de Victoria Falls muito tempo depois de ter sido batizado pelos habitantes da região de “Fumaça que troveja”, ou Mosi-oa-Tunya na língua local, nome que faz jus aos sentimentos associados que a enorme queda de água provoca. No período de cheia são mais de 500 milhões de litros de água por minuto passando pelas cataratas. Em largura, Mosi-oa-Tunya é maior cortina de água do mundo, chegando a alcançar os 1708 metros. Em altura, com 99 metros, só perde para as Cataratas do Iguaçu, no Brasil.

 

 

As cachoeiras são integrantes de um complexo transfronteiriço que se estende por 6860 hectares abrangendo o Parque Nacional Mosi-oa-Tunya na Zâmbia, o Parque Nacional Victoria Falls e o Parque Zambezi, no Zimbabwe. Juntos ganharam o título de Patrimônio Mundial da Humanidade. E não era para menos: além da beleza das quedas, sua névoa e seus constantes arco-íris, a região conseguiu manter seus ecossistemas e habitats relativamente intactos. Sua fauna conta com elefantes, búfalos, gnus, zebras, javalis, girafas e hipopótamos em abundância e ocasionalmente com leões e leopardos. A vegetação predominante é a floresta mopane e em torno da cortina de água, uma formação rara: uma mini-floresta tropical.

 

 

Sempre na disputa para estar entre as sete maravilhas da natureza, as Cataratas Vitória atraem centenas de milhares de turistas por ano. O seu segredo não está apenas na paisagem, mas em todas as atividades embutidas na sua visita.

 

 

Paraquedas, rafting, tirolesa, voo de ultraleve, safari nas costas de elefantes, bungee jump, nado na beira das cataratas e mais uma infinidade de atividades que desafiam a quantidade de adrenalina do turista. Por essa e outras, Vic Falls, apelido que ganhou de seus visitantes, não bastasse outros honrosos títulos, também ficou conhecida como Capital Africana da Aventura.

 

 

Como o turismo não para de crescer na região, os dois países desenvolveram um Plano Conjunto de Gestão Integrada com o objetivo de impedir que qualquer infraestrutura urbana ou equipamentos turísticos afetem a integridade, o valor universal e a excepcional beleza das quedas. O mais interessante? A gestão do Plano tem sido implementada de forma participativa com trabalho direto com a população local.

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