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ZimbabweCortes e penteados como cultura
Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

África do Sul, Namíbia, Botswana e Zimbábue: nas cidades desses quatro países existe uma mania nacional em comum que chama a atenção pelas ruas: os penteados. Vermelho com topete para frente, black power com tiara, rabo de cavalo com mechas e por aí vai. Quando o assunto é cabelo não faltam experts e modelos no assunto. A cada esquina, um salão de beleza. E a cada salão de beleza, uma catarse criativa envolvendo cortes, estilos e extensões.

 

 

A ideia de “beleza do branco” ou “estética do cabelo liso” por aqui já é batida. Se é que foi por isso que começou, com certeza não é isso que fez das extensões um dos apetrechos mais populares da moda africana. Diversidade é o real conceito que atrai os milhares de mulheres que frequentam os cabeleireiros. A cada três semanas – o tempo médio de duração de uma extensão – um look diferente.

 

 

É preciso entender que o liso e o loiro são apenas algumas das infinitas opções. Aqui troca-se de cabelo como troca-se de cor de esmalte. E convenhamos que usar esmalte branco não é nenhum tipo de submissão cultural – o mesmo vale para extensões, lisas, crespas ou black power. As extensões viraram parte da cultura local, assim como inventá-las e reinventá-las. E, apesar de serem comum, a febre é mesmo sobre penteados e cortes – com ou sem extensões. Os favoritos nacionais continuam sendo os naturais: curtinho, raspado ou dread.
A atividade foi aprimorada a tal ponto, que virou um modelo de arte com direito a competições e concursos nacionais em diferentes categorias: praticidade, criatividade e originalidade.

 

 

Um dos principais eventos da área acontecerá em Bulawayo, no final de novembro. A ideia do organizador, Patrick Madanga, hair stylist profissional, é promover um workshop grupal e educativo: ao mesmo tempo em que acontece uma competição, os cabeleireiros ensinarão uns aos outros novos estilos.
Para Patrick, no Zimbábue o estilo de cabelo e sua constante renovação faz parte da cultura local, em que homens e mulheres se curtem e se reinventam: “Essa coisa de querer parecer como branco é coisa do exterior, porque aqui você pode usar o cabelo que quer e isso não significa querer parecer branco. O seu cabelo não muda quem você é. Pelo contrário, é através do cabelo que você vai ser reconhecido como africano”.

 

 

O hair stylist explica que como cabeleireiro não tem um estilo preferido. Para ele, isso é anti-artístico. Cada pessoa tem o seu corte ideal e tudo depende da personalidade do cliente: “O cabelo é definido pelo estilo de vida da pessoa, e não o contrário. Para entender o estilo de cabelo que você vai fazer, é preciso entender a pessoa que está sentada na sua frente e o que ela faz no dia a dia”. Patrick se considera um artista e explica que a razão de acreditar nisso é simples: repetir um penteado é impossível, seria como repetir um quadro abstrato. Vai sempre depender da inspiração, do momento e do pincel.

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