NamíbiaO melhor do artesanato namibiano
Arte: Natan Aquino
Todo país tem sua lembrancinha original. No Brasil, por exemplo, não há turista que não leve para casa uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim. Em Paris, é ainda mais clássico: o chaveirinho da Torre Eiffel é vendido em todas as esquinas da capital francesa. Na Namíbia, souvenires e artesanato se misturam, se caracterizando como um produto de arte de rua, que parece cada vez mais se desenvolver. Conheça algumas dessas obras:
Gravuras de Makalani – Espalhados pelas ruas e concentrados em pontos turísticos, encontram esses artesãos nômades. Não possuem barracas e levam materiais e instrumentos no bolso. Eles são responsáveis por talhar minuciosas e detalhadas gravuras em sementes de Malakani, uma espécie de palmeira específica da região de Oshakati, no norte do país.
Esculturas de Sepantini – Na região de Caprivi, o fio estreito que se estende no nordeste do país, atravessa Botswana e segue em direção ao Zimbábue, os artesãos adentram-se na mata para procurar uma pedra chamada Sepantini, que pode ser encontrada debaixo da terra, em morros ou nas beiras do rio. A população local se tornou especialista em pequenas esculturas de Sepantini e pelos mercados de artesanato do país não é nada difícil encontrar peças de ótima qualidade.
Cestos Owambos – Muitas mulheres Owambos, etnia representantes de 50% da população do país, são especializadas na confecção de artesanato de palha: cestos, pratos, copos, caixas e por aí vai. Para a produção, são colhidas folhas e cascas de palmeiras típicas do extremo norte do país, na região que beira a fronteira com Angola. Nos mercados de rua são muitas as opções, mas os melhores produtos são encontrados em coletivos e organizações de mulheres artesãs.
Colares Himbas – Os Himbas são seminômades e a grande maioria da população está concentrada na região rural e não em cidades. Mas quando aparecem nos centros urbanos, as mulheres levam com si uma bela produção de adereços tradicionais, especialmente os colares. Tudo é feito com folhas e sementes da vegetação típica de Damaraland. O tom ocre da manteiga passada na pele das mulheres também se espalha pelos colares.
Tecidos Tingidos – Se tem um estereótipo verdadeiro do continente africano é a conexão imediata com o colorido. E os tecidos traduzem essa sensação de maneira ainda mais forte. São vibrantes e sempre levam cores fortes. Quando espalhados um sobre o outro nos mercados, as tonalidades parecem se destacar ainda mais. Como mote, é comum encontrar desde desenhos de animais, pessoas durante alguma atividade rural e representações de máscaras até formas abstratas e ilustrações contemporâneas.