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NamíbiaO presente e o futuro
artístico do país

Texto e Fotos: Flora Pereira da Silva
Arte: Natan Aquino

 

John Muafangejo –  É considerado o maior artista contemporâneo do país. Foi o primeiro artista negro consagrado nacional e internacionalmente. Nasceu em 1943, em Angola, mas mudou-se ainda pequeno para o norte de Namíbia e teve seu talento reconhecido cedo, ainda na escola. Assim, conseguiu uma bolsa para estudar Arte na África do Sul, em um projeto que visava alçar os artistas negros durante o apartheid. Ele representa nada menos do que o nascer da arte contemporânea na Namíbia, inspirando todo um novo movimento de artistas a trabalhar com gravuras, sua especialidade.

 

Ndasuunje Shikongeni – Um método parecido com a xilogravura, mas realizado com papelões sobrepostos foi desenvolvido no país e se tornou um ramo forte da arte contemporânea da Namíbia. Foi daí que nasceu Joe Madisia, um dos primeiros que aprendeu a técnica, desenvolvendo-a e aprimorando-a. E desde então vem juntando esforços no setor de educação artística. Desde de 2001 é diretor Centro Comunitário de Arte de Katutura, o centro artístico de maior sucesso no país. Com ele estudou Ndasuunje Shikongeni, responsável por quadros recheados de energia jovem e cores vibrantes. Considerado imensamente criativo, suas obras têm um discurso poderoso, em que arte e política se misturam. Outra característica é forte sentimento com suas raízes oshiwambo, que ele traz com êxito para dentro de sua obra.

 

Inatu Indongo – Inatu foi a primeira mulher negra a ter sua própria exposição na Galeria Nacional de Arte da Namíbia. Combinando arte multimídia e pintura, ela desenvolve colagens que trazem ao seu trabalho uma textura única e original. Sua obra visa facilitar o processo de expressão e criar um diálogo entre a arte e temas sociais. É uma das pioneiras na arte multimídia, um estilo que está começando a abrir os olhos na Namíbia.

 

Tamai – Não se sabe onde mora, onde trabalha e nem mesmo se está vivo. Místico? Não, Tamai é um bosquímano, ou seja, é nômade e faz parte do povo San, caracterizado pela quase total independência de materiais. Os San são caçadores e coletores e estão localizados, em sua maioria, no deserto de Kalahari. Tamai não é formado na área e nem nunca estudou nenhum método de pintura, sua obra não tem data nem nome. É autodidata. Nasceu artista.

 

David Amukoto  – Formado pelo Centro de Arte John Muafangelo, é especializado em gravuras, em papelão e em madeira, e esculturas. Sua obra pretende recuperar as tradições africanas que começam a desaparecer, sendo repostas por cenas da cultura moderna. Em seus quadros, ele tenta recuperar a imagem da vida que ele enxergava quando criança, reinterpretando as histórias tradicionais que seus avós lhe narravam, e para isso usa e abusa da imaginação, um modo de (re)construir e fortalecer sua herança cultural.

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